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Câncer e Alimentos Industrializados. Ignorância, ou Maldade?


Essa semana eu estava lendo algumas matéria no site do INCA (Instituto Nacional de Câncer) e fiquei realmente abismado com um questão que me parece pouco discutida entre os acadêmicos, mas que deveria ser vista como a chave para a solução do problema do câncer.

Em várias matérias, é informado que a principal causa externa de câncer no mundo é o cigarro. Como ex-fumante, entendo o quanto é complicado enfrentar a demoníaca e ardilosa estratégia da indústria tabagista. Quando uma pessoa fuma, torna-se escrava de um sistema que tem como único objetivo o lucro do fabricante e é muito difícil libertar-se. Não há qualquer outro motivo para alguém plantar uma folha de fumo, secar, misturar com dezenas tóxicos e vender em forma de bastonetes cancerígenos e viciantes, se não o próprio lucro de quem vende. A indústria tabagista é declaradamente uma força maligna que se esconde atrás da simples e irônica liberdade. Conforme eles, fuma quem quer (viva a liberdade). Então eles não se acham responsáveis pelos que morrem de câncer. Já que eles "lavam as mãos", transferindo a responsabilidade ao consumidor. Por isso, nem quero divagar muito sobre o cigarro.

Em contrapartida, a segunda maior causa descrita nessas matérias é que me traz mais espanto. Conforme muitos estudos apresentados, a segunda maior causa de câncer no mundo são os alimentos industrializados. Essa sim, merece uma boa divagação.

Eu imagino como deve ser a mente de um homem, por exemplo, dono de uma fábrica de biscoitos recheados. Ele cria um produto, destinado às crianças, contrata um time de nutricionistas, engenheiros químicos, engenheiros de alimentos, marqueteiros, designers, etc. Todos eles, com seus "vastos" conhecimentos acadêmicos, pegam farinha de trigo juntam com uma infinidade de substâncias químicas sabidamente prejudiciais à saúde e produzem um biscoito doce e atrativo ao paladar humano. Depois, vendem fazendo muita propaganda a milhões de desavisados que consomem apenas por ser prático e barato, além de muito doce. Os fabricantes sabem que isso será a causará de muitos casos de câncer no futuro, mas a usam como desculpa que adicionam apenas as quantidades permitidas pela lei (.... bla bla  de acordo com as normas imetro, anvisa, ministério, secretaria, ou qualquer outro órgão fiscalizador bla bla)

Ironicamente, esses mesmos profissionais da alimentação, depois de ganharem muito dinheiro, abrem consultórios suntuosos com programas de reeducação alimentar e orientam pessoas já adoecidas a abandonarem os produtos industrializados criados, muitas vezes por eles mesmos, ou por seus colegas.

Não faz o menor sentido isso. Quem cria um alimento industrializado causador de câncer são os mesmos profissionais que depois fazem estudos afirmando que a causa do câncer é o consumo desses alimentos? Aí vem a minha pergunta: Mas se sabem que causa câncer, por que continuam produzindo alimentos dessa forma? Se já sabem, não é ignorância. Então seria por simples ganância, ou pura maldade? Realmente não entendo!

Eu não trabalho com alimentos, trabalho com informática. Já aconteceu, quando eu estava desenvolvendo um software, sem querer criar um código que derrubava o computador do usuário. Ou seja, criei um produto que prejudicava o consumidor. Mas tão logo tomei conhecimento disso, imediatamente removi aquele código prejudicial do software e não adicionei em mais nenhum outro. 

Se fosse seguir o padrão de comportamento da indústria alimentícia, em vez de corrigir meu software eu teria apenas colocado uma mensagem na tela de abertura informando que o uso dele poderá derrubar seu computador. Como o usuário foi avisado, ele que decida se quer ou não usar o programa. Analogamente é isso que a indústria de alimentos faz e, para mim isso é um completo absurdo.

Eu gostaria muito de ver o dia em que o produtor de alimentos industrializados removesse voluntariamente de seus produtos todas as substâncias químicas que sabidamente causam danos à saúde das pessoas. Não porque a Lei obriga, mas sim, porque ele quer que seus produtos possam ser consumidos sem restrições ou malefícios.

Se você acredita na ladainha de que existem "quantidades seguras" para o consumo de certas substâncias, você precisa estudar mais e abrir a mente. Assim como o cigarra já afirma em suas embalagens "não existem quantidades seguras para o consumo de certas substâncias", mesmo que permitidas pela legislação. Os alimentos industrializados representam a mesma macabra realidade dos cigarros, porém seus fabricantes ainda não admitem isso publicamente.

Também em mesma característica comportamental, vemos o uso de adubos e agrotóxicos nas lavouras. Autoridades nos enganam dizendo que existem quantidades seguras para uso desses venenos, mas isso é uma grande mentira.

Sendo assim, a chave para a real redução do câncer não passa, ao contrário do que muitos afirmam, pela "reeducação alimentar das pessoas", mas sim pela reeducação da indústria de alimentos. Quando essa indústria se transformar, aí sim a saúde das pessoas também se transformará. Antes disso, a saúde verdadeira e o fim do câncer é mera utopia para os poucos tolos que aceitam privar-se do prazer de alguns alimentos tão amplamente disponíveis e fáceis de consumir.

Pense nisso!



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